A Santíssima Trindade na Liturgia

Celebrarmos a liturgia, é vivermos a atualização do calvário, mas também é um clamor para que o Espírito Santo configure o nosso coração ao de Jesus e assim possamos glorificar a Deus Pai.
O pai, fonte e fim da liturgia (1077 - 1083.1110) -
Os relatos sobre a criação, a libertação do povo, a unção dos profetas, as vitórias do povo escolhido, a presença de Jesus na terra, a continuidade da igreja, os cânticos da jerusalém celeste, desde o Gênesis ao Apocalipse, Deus se revela como àquele que derrama seu amor, àquele que derrama suas bênçãos. O Deus que ama infinitamente o seu povo, é o mesmo Deus, perpassando a história Ele continua a abençoar o mundo através da celebração litúrgica.
O compêndio do Catecismo responde no nº 221 (De qual maneira o Pai é a fonte e o fim da liturgia?):
- "Na liturgia, o Pai enche-nos das suas bênçãos no Filho encarnado, morto e ressuscitado por nós, e derrama o Espírito Santo nos nossos corações. Ao mesmo tempo a Igreja bendiz o Pai, mediante a adoração, o louvor e a ação de graças, e implora o dom do seu Filho e do Espírito Santo".
Tamanhas bênçãos são relatadas por São Paulo:
- Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o qual nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nos lugares celestiais em Cristo. (Éf 1, 3).
A obra de Cristo na liturgia (1084-1090.1111) -
O Cristo Jesus age na liturgia de forma a presidi-la e torna-la sinal visível da ação salvífica de Deus sobre a terra. O filho de Deus age de forma sacramental, ou seja é Ele que opera a obra de Deus na terra.
Deus veio a terra para nos salvar, veio como homem, veio em Jesus, veio para nos redimir, São Luis Maria afirma que Deus é constante e não muda seu plano, se Ele iniciou a obra da salvação em Jesus, Ele continuará a salvar em Jesus.
Segundo o Sacrossanctum Concillium - nº 7 - A presença de Cristo na igreja é atual, Ele atualiza o mistério da Páscoa, e claro sua presença é notória na liturgia, se põe presente no ministro ordenado fazendo o agir como Persona in Christe, Ele está presente na própria eucaristia, nos sacramentos o vimos como sinal da graça razão pela qual batizamos, confirmamos nossa fé, nos reconciliamos com Deus, recebemos dele a graça de ser ungido e curado de corpo e alma, recebemos por Ele a graça do servir, seja no matrimonio ou na Ordem, e ainda o comungamos na eucaristia, Caracteriza - se a liturgia como ação do sacerdócio do Cristo.
Compendio do CIC - 222 -
"Na liturgia da Igreja, Cristo significa e realiza principalmente o seu Mistério pascal.
Doando o Espírito Santo aos Apóstolos, concedeu-lhes a eles e aos seus sucessores o
poder de realizar a obra da salvação por meio do Sacrifício eucarístico e dos
sacramentos, nos quais Ele próprio age agora para comunicar a sua graça aos fiéis de
todos os tempos e em todo o mundo".
O Espírito Santo e a Igreja na liturgia (1091-1109.1112) -
Papa Francisco afirma em algumas ocasiões: "O Espírito Santo é a força divina que muda o mundo"; "A igreja sem o fogo do espírito santo se torna fria".
É indiscutível a ação do Espírito Santo sobre a igreja, através d'Ele a igreja segue um rumo a fim de ser uma só igreja, unificada e unida a multidão de anjos e santos do Céu, através d'Ele é que se torna possível a santificação das ofertas e a transubstanciação de Jesus.
Compendio do CIC - 223 -
"Na liturgia, realiza-se a mais estreita cooperação entre o Espírito Santo e a Igreja. O
Espírito Santo prepara a Igreja para encontrar o seu Senhor; recorda e manifesta Cristo à
fé da assembleia; torna presente e atualiza o Mistério de Cristo; une a Igreja à vida e à
missão de Cristo e faz frutificar nela o dom da comunhão".
